Saber precificar é um dos maiores desafios para quem trabalha com serviços criativos — como design, social media, tráfego pago ou produção de conteúdo. Muitos profissionais ficam inseguros, cobram menos do que deveriam ou perdem oportunidades por não saber apresentar o valor corretamente. Neste artigo, você vai aprender como cobrar pelos seus serviços criativos de forma justa, estratégica e profissional, mesmo que esteja começando.
Por que cobrar corretamente é tão importante?
Garante sustentabilidade no seu negócio
Valoriza o seu tempo, talento e conhecimento
Atrai clientes que respeitam seu trabalho
Evita sobrecarga e frustração
Permite crescer com qualidade e consistência
Cobrar certo é parte da sua estratégia de posicionamento.
Erro comum: cobrar com base no que os outros cobram
Cada profissional tem:
Nível de experiência diferente
Custo de vida diferente
Público-alvo e posicionamento diferentes
Forma de trabalhar única
Copiar o preço de outro designer ou freelancer pode te levar à falência ou estagnar seu crescimento.
Como calcular um valor justo pelo seu serviço
Passo 1: Conheça seu custo mínimo por hora
Some seus custos fixos mensais:
Internet
Equipamento
Assinaturas de ferramentas
Energia
Marketing
Impostos ou MEI
Defina quanto deseja ganhar por mês
Estime quantas horas produtivas por mês você realmente trabalha
Fórmula base:(Custos mensais + meta de ganho) ÷ horas produtivas = valor/hora
Exemplo prático:
R$ 1.000 de custos
Meta: R$ 4.000 por mês
Horas produtivas: 80 (20h por semana)
R$ 5.000 ÷ 80 = R$ 62,50/hora
Agora você sabe quanto precisa cobrar para se manter e crescer.
Passo 2: Considere valor percebido e não só tempo
O tempo que você leva é importante. Mas o cliente paga pelo resultado.
Exemplo:
Uma arte que você faz em 1h pode gerar 10 vendas para o cliente.
Um logotipo pode reposicionar a marca por anos.
Um tráfego bem gerido pode dobrar o faturamento.
Resultado > tempo gasto.
Passo 3: Crie pacotes e facilite a comparação
Pacotes ajudam o cliente a visualizar melhor o que está comprando.
Exemplo para designer:
Pacote Básico: 5 artes por semana — R$ XXX
Pacote Intermediário: 5 artes + 1 vídeo + suporte — R$ XXX
Pacote Premium: artes, vídeos, branding e acompanhamento — R$ XXX
Inclua:
O que está incluso
O que é extra
Condições e prazos
Passo 4: Tenha uma apresentação profissional da proposta
Muitos profissionais perdem clientes por enviar:
Mensagens soltas no WhatsApp
Tabelas genéricas e sem identidade
Preço seco, sem explicação do valor
Use ferramentas como:
Canva (para propostas visuais)
Notion ou Google Docs (para apresentações interativas)
PDF com portfólio + escopo + valor + diferenciais
Venda a experiência — não só o serviço.
Passo 5: Ofereça formas de pagamento flexíveis
Você pode facilitar a conversão oferecendo:
Parcelamento (com ou sem juros)
Sinal + entrega final
Pagamento por Pix, boleto, cartão ou link do Mercado Pago
Mas sempre com contrato e organização financeira.
Passo 6: Esteja preparado para lidar com objeções
“Achei caro…”
Explique o valor e o resultado, sem baixar seu preço sem critério.
“Fulano cobra menos…”
Mostre o diferencial do seu serviço (processo, suporte, resultado, estilo).
“Pode fazer um desconto?”
Ofereça uma versão com menos entregas ou sem bônus — não desvalorize seu trabalho completo.
Quem valoriza resultado, paga com confiança.
Passo 7: Reajuste seus preços com o tempo
À medida que você ganha:
Experiência
Mais resultados comprovados
Mais demanda
Você pode e deve subir seus preços. Avise com antecedência e ajuste os pacotes conforme sua evolução.
Conclusão: cobrar certo é parte do seu posicionamento
O preço que você cobra comunica ao mercado o valor que você vê no próprio trabalho.
Com cálculo, clareza e uma apresentação profissional, você mostra que não está apenas vendendo um serviço — está oferecendo uma solução estratégica, com responsabilidade e entrega real.
Não tenha medo de cobrar. Tenha medo de trabalhar muito e ganhar pouco.
